sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Depois do Fim - Parte 4


Jade narrando


9 meses depois | Junho de 2032 | Londres, Inglaterra


Acordei sentindo o peso da minha cabeça. Ressaca. Algo que se tornou comum nas duas últimas semanas. Mas dessa vez não era só o peso na minha cabeça, parecia que havia alguém pressionando minha cintura e assim que abri os olhos parece que toda a minha ficha havia caído. Eu era uma mulher solteira. Eu transei com o meu produtor que o Juan detestava. Eu era solteira. Eu transei com uma pessoa diferente após 12 anos. Meu Deus, eu to realmente solteira. Eu tran…


Bradley: Jade? - ouvi a voz rouca do Brad quebrando totalmente o meu processo de assimilação da realidade - Baby? - me chamou carinhosamente e acariciou meus cabelos, o que me fez sorrir fraco e me virei ficando de frente pra ele
Jade: bom dia - dei um sorrisinho e ele selou nossos lábios
Bradley: bom dia - sorriu e ficamos nos encarando até que ambos caíssemos em gargalhadas - meu Deus, eu só acredito que você está aqui porque eu me lembro de cada detalhe
Jade: eu também Brad, eu também - dei risada, apesar de estar tentando processar todas as informações. Eu trabalhava com o Brad há uns dois anos, que foi quando ele assumiu a parte gerencial da minha carreira e ele sempre deu mole pra mim. Sempre. Mas sempre respeitou meu relacionamento também, apesar do Juan morrer de ciúmes. Ahh o Juan, estava sendo tão estranho tentar uma vida sem ele. Eu estava meio desnorteada ainda. Não tive nem forças de contar para a minha família, apesar da minha mãe estar recorrentemente perguntando se eu estou bem nas últimas semanas. Estou? Não sei, acho que sim ou pelo menos deveria estar, já que o término foi uma iniciativa minha. Tentei manter a normalidade depois do primeiro sexo casual da minha vida, mas ainda sim era bem estranho. Era tipo transar e depois tchau. Talvez agora eu entenda um pouco quando minha mãe ou me pai dizem que queimei etapas, porque estou passando pelo constrangimento de algumas primeiras vezes aos 26 anos. Cheguei no apartamento, que antes era nosso, e encontrei justamente com ele
Juan: eu vim buscar o resto das minhas coisas - falou sério e eu assenti. Ele mal olhava na minha cara. Meu Deus!
Jade: sério que você nem vai olhar na minha cara direito? - quando vi já estava atrás dele no quarto e soltei a informação
Juan: Jade, foi você quem decidiu jogar 12 anos juntos na lata do lixo, só estou respeitando a sua decisão - puts! - e acho bom você contar logo pra sua família, suas irmãs e seus pais estão falando comigo normalmente
Jade: eu não joguei nada no lixo, Juan! Você que tava há 1 ano me pressionando com essa história de filho… - suspirei
Juan: sério que a gente vai discutir isso de novo? Eu já entendi que você não quer, beleza - suspirou - mas não dá pra você ficar me exigindo as coisas como se nada tivesse acontecido… eu tenho sentimentos, tá bom? Não consigo sair por ai festejando e bebendo como você tem feito, to me permitindo sentir
Jade: eu também to sentindo! - esbravejei e ele analisou meu estado
Juan: então cada um sente de um jeito e esse é o meu, quero evitar contato, não quero te ver - por que aquilo estava doendo tanto?
Jade: e se a gente tentasse ser amigo? - sugeri meio desesperada
Juan: EU TE AMO, JADE! Eu não consigo ser seu amigo, não consigo, entende? Eu queria você como minha esposa, mãe dos meus filhos, mas se não é isso que você quer, eu to respeitando sua decisão - assenti cabisbaixa, porque eu também o amava, mas… não sei, não me sentia suficiente pra suprir tudo o que ele desejava no momento. Não era o que eu queria agora! Quando ele foi embora carregando o resto das coisas dele foi impossível não cair no choro
Jade: Mãe - voltei a chorar assim que ela apareceu na tela do meu celular
Maria: ô, meu amor, o que houve? - perguntou preocupada - JOÃO MIGUEL PARA DE TOCAR ESSA BATERIA! - ouvi os berros dela e ela foi andando até se trancar no quarto - eu ando tão preocupada com você, filha, to sentindo que você não tá bem… fala pra mamãe o que houve - pediu carinhosa e eu não conseguia parar de chorar, acho que minha ficha tava caindo
Jade: minha vida tá uma bagunça, mãe, eu e o Juan não estamos mais juntos - ela arregalou os olhos - terminamos faz 15 dias
Maria: O QUE? Jade? Como assim? O que houve, filha? - não soube como esconder sua surpresa
Jade: ainda aquela história de casamento e de filhos, mãe - suspirei - há mais de um ano discutíamos por isso e eu me sentia estagnada nesse assunto, no final ninguém saía satisfeito e agora o Juan disse que eu tinha razão, que a gente não podia ter 12 anos de relacionamento se eu não tinha uma perspectiva de futuro com ele, queria continuar na mesma
Maria: talvez ele tenha um pouco de razão, filha - suspirou - é muito difícil, eu te entendo muito, sei que você trabalha com sua imagem e seu corpo, e não quer abrir mão disso agora - eu assenti - quem sabe vocês não se resolvem em um tempo? É algo que ambos vão precisar conversar e ceder de cada lado
Jade: e isso tudo tá me enlouquecendo, to saindo todos os dias, bebendo, uma loucura - confessei um pouco envergonhada
Maria: vem pra casa, filha, vem passar uns dias com a gente… conversa com o Brad, nem que seja por uma semana
Jade: mãe, eu ainda tenho que te dizer isso, eu transei com o Brad ontem - minha mãe arregalou os olhos e abriu e fechou a boca umas 15 vezes, sem sacanagem - eu só tinha transado com o Juan em toda minha vida, foi bom, mas foi muito mais estranho, eu me senti estranha
Maria: eu realmente não esperava por isso - falou ainda chocada - Jade, minha filha! Nunca pensei que fosse ouvir você falando que transou com outro homem - riu fraco
Jade: eu também não, mãe, sorte que tinha bebido, porque eu tava nervosa, mas na hora tava com muita vontade e acabou rolando… talvez eu deva aproveitar essa nova fase né?
Maria: como sua mãe eu acho que você tem que se reorganizar primeiro, não adianta nada sair por ai bebendo ou transando pra tentar esquecer as coisas… está tentando esquecer da forma errada - assenti e continuei ouvindo o que ela tinha pra me falar

10 dias depois | São Paulo, Brasil

Desembarquei no aeroporto de Guarulhos e tinham alguns fãs e fotógrafos a minha espera. Há dois dias tínhamos divulgado que eu estava oficialmente solteira e desde então eu tenho a imprensa na minha cola. Muita gente enxergava o meu relacionamento como estável e a notícia surpreendeu a todos. Pelo menos certas coisas nunca mudam e o Jaca e o Bigode já estavam a minha espera na zona do desembarque

Jade: senti saudade de vocês - dei um abraço nos dois - vou só tirar umas fotos com elas e já volto, ok?
Bigode: vou com você, pequena - me abraçou de lado e fomos até eles, tinham cerca de 15 pessoas, então conversei rapidamente com todos eles, evitei perguntas sobre o meu relacionamento e tirei algumas fotos. Assim que terminamos fomos direto pro Alphaville, que era onde ficava a casa dos meus pais. Ah, da minha mãe e do Juninho, mas todo mundo entendeu! Demorou um tempinho, afinal o trânsito de São Paulo era insuportável, mas assim que chegamos avistei minha mãe na sala, ela tinha o João dentro de um cercadinho enquanto brincava, no colo ela estava ninando a Giovanna, minha sobrinha, e tinha o inseparável iPad dela do outro lado analisando algumas coisas. Eu não sei como ela dava conta, juro! E ela era tipo boa em TUDO
Jade: olha quem chegooou! - dei uma giradinha chamando a atenção deles pra mim
Maria: meu amooor! - sorriu - olha, Gigi, sua tia chegou - abanou os braços da bebê em seus braços e eu dei risada. Minha sobrinha tinha pouco mais de 3 meses e era a coisa mais linda do mundo, essa seria apenas a segunda vez que eu conseguiria vê-la pessoalmente
Jade: meu Deus, ela tá giganteee! - falei animada e minha mãe riu
Maria: já viu o tamanho do seu irmão? - riu
João: JAAADIIIIII - meu irmão caçula gritou ao notar minha presença e deu um jeito de pular o cercado que minha mãe tinha feito e veio até mim
Jade: oi, meu amooor! - peguei ele no colo e enchi de beijos - como você tá lindo, João!
João: Gigi - apontou pra nossa sobrinha e eu sorri - titio - apontou pra si mesmo e eu expodi de amor
Jade: meu Deus, preciso de uma temporada com essas crianças porque elas não param de crescer - agarrei o João com mais força. Inacreditável que ele já tenha 2 anos e 6 meses
Maria: pode ficar o quanto quiser, nós vamos amar - sorriu e não pude deixar de observar minha mãe, mesmo que já estivesse com quase 42 anos, ela permanecia linda do mesmo jeito e muito diferente daquela Maria que eu me lembro de quanto tinha 12/13 anos, hoje em dia ela vivia com um sorriso no rosto
Jade: vamos ver - dei risada - e você Gigi? Não vai largar a MINHA mãe pra que eu possa dar um abraço nela? - a bebê me olhou curiosa e me mostrou um sorriso banguela
Njr: JADOCA! - olhei pra trás e vi o Juninho acompanhado das três pestinhas, todas com seus uniformes escolares e que vieram correndo até mim. Elas estavam crescidas. A Lelê com quase 12 anos, a Lola com quase 11 e a Livi já tinha feito 7 anos
Allegra: JADEEEE!!!!!!! - me agarrou - eu tava morrendo de saudade de você, irmã
Jade: ai, meu amor, que saudade eu tava também! Como você tá linda! - enchi ela de beijos - Lola e Livi, venham - agarrei as duas também - nossa, que saudade, minhas princesas! Livi, que cabelão!!!
Maria: abriu o berreiro no cabeleireiro semana passada porque não queria cortar - falou rindo
Olivia: tá lindo, né? - fez uma jogadinha e eu ri
Pérola: o meu também tá lindo! - a egocêntrica da família se manifestou e eu assenti. Eu passava mal com ela!
Jade: vocês estão sempre lindas, meus amores - sorri
Njr: beleza, Jade? To bem também, tamo junto! - fingiu um toque comigo e eu gargalhei
Jade: ciumento! EU TAVA MORRENDO DE SAUDADE - abracei ele apertado - até porque você não acompanhou elas na última viagem pra Londres - ele riu
Njr: você e sua mãe que tem essa tara por Europa, aqui é Brasa, minha filha - neguei rindo e abracei ele
Jade: mãe, dá um jeito nesse homem, que barriguinha de aposentado é essa? - passei a mão pela barriga do Júnior e ele gargalhou
Maria: eu já falei, não quero saber de marido barrigudo - a gente gargalhou - já somos avós, o que me falta agora é isso
Njr: to treinando, to treinando - fez sinal de rendição
Olivia: meu papai é lindo, Jade - cruzou os braços e eu ri
Pérola: lindo não, MUITO lindo!
Jade: ah pronto - dei risada - paga quanto pra essas advogadas?
Njr: nem queira saber - revirou os olhos e eu ri porque REAL ele dava tudo que elas pediam, mas nem posso reclamar, afinal no tempo que vivi com eles e até depois o Juninho sempre me tratou como uma princesa - a Isa ainda não chegou, amor? - sentou ao lado da minha mãe e pegou a Gigi no colo. Isabela era a mãe da minha sobrinha. Depois que engravidou ela teve algumas complicações em casa, brigava muito com a mãe, se estressavam, até que um dia o Mateus viu a mãe quase batendo nela. Deu uma puta confusão e desde então ela veio pra São Paulo, meus pais cuidam dela como se fosse uma filha. Eu achava fofo, ela era uma querida. Até tinha voltando a falar com a mãe, mas a minha disse que se ela quisesse poderia ficar e desde antes do nascimento da Gigi ela mora aqui. Já o Mateus ainda jogava no flamengo, morava no Rio com a minha avó Ana, pois minha mãe não confiava nele sozinho e nas folgas ele vinha pra cá. Ele e a Isa não estavam juntos, meu irmão nesse quesito não valia nada, sendo bem sincera, mas se davam bem, apesar dela ser completamente apaixonada por ele
Maria: ela está no cursinho ainda - a Isa estava no último ano da escola e minha mãe fez questão de matricular ela em uma boa escola e em um cursinho, ela queria ser médica e minha mãe super apoiou, disse que não seria a gravidez que iria impedir ela ser o que ela quisesse. Basicamente ela tenta dar pra Isa todo suporte que ela não teve quando me teve e era isso que eu admirava tanto nela - mas o Antônio vai buscar ela - falou do motorista
Jade: oitava filha? - perguntei debochada e eles riram
Njr: ciúmes?
Jade: na verdade acho bem fofo da parte de vocês, ela merece - sorri
Maria: a mãe dela queria levar ela embora, discutimos esses dias - falou irritada - mas o pai dela foi sensato e disse que nós estávamos dando uma oportunidade incrível pra filha deles
Njr: também, com o preço daquela escola - resmungou e eu ri - Jade, aqui no Brasil as escolas estão muito caras… a das meninas é um roubo e a da Isa mais ainda
Jade: você é bilionário, cala boca - ri
Maria: mas é caro mesmo, filha… a das crianças beira 15 mil cada uma, só de mensalidade - porra!
Njr: o João… 8 mil pra pintar! Eles dizem que é trilíngue, sei lá, mas o menino conta até 10 e olhe lá - gargalhei
Maria: Júnior, ele é muito novinho ainda - defendeu e eu ri
Jade: isso você gastava em uma noite de balada, agora gasta com a educação dos seus filhos, olha só - alfinetei e ele riu, mas todo esse falatório parece ter incomodado a Gigi, que começou a chorar, e em 2 segundos a babá dela, Flora, apareceu na nossa frente com a mamadeira. A Isa tirava todos os dias o leite e deixava enquanto estava na escola
Njr: isso, sem chorar, lembra o que o vovô disse? - acariciou as bochechas da Gigi e ela ficou atenta no que ele falava enquanto tomava a mamadeira - bem boazinha, meu amor! - fofo
Jade: e o pessoal como está? Conversei com minha madrinha essa semana - consegui um espaço ao lado da minha mãe
Maria: a Letícia está surtada - deu risada - ela não esperava engravidar justo agora - simm, isso MESMO! Aos 42 anos a Leti está grávida novamente, só que o surto é porque, até então, o Gu era filho único, ou seja, 12 anos depois, ela estava a espera do segundo filho, era uma menina, Mariana
Jade: eu na situação dela também estaria - ri fraco
Njr: você está até parecendo sua mãe quando eu a conheci - riu fraco - alérgica a gravidez
Maria: Júnior! Eu disse pra não comentar sobre isso - brigou com ele
Jade: ele não disse nenhuma mentira, mãe - ri fraco
Njr: então agora eu quero saber, como você está? - falou deitando minha cabeça no colo dele, já que depois que a Gigi dormiu e a Flora foi colocá-la no quarto
Jade: estranha - dei de ombros - muito estranha, na verdade
Maria: deve ser difícil, filha, afinal vocês estavam juntos há quanto tempo? 12 anos?
Jade: quase 13 - suspirei
Njr: praticamente o mesmo tempo que eu e sua mãe temos juntos, um pouco menos - assenti - e eu imagino, se sua mãe me larga, eu fico completamente perdido
Maria: mas disso todo mundo sabe, amor - foi impossível não rir
Jade: e o pior foi que eu terminei, mas sei lá!
Maria: você esperava ele atrás de você e não ele te ignorando - assenti
Njr: ele tá bem mal, conversei com ele esses dias - encarei o Juninho com atenção - ele disse que não quer contato por isso, porque não esperava nada disso
Jade: eu to saindo quase todo dia, bebendo, já fiquei com alguns caras, até transei com uma pessoa
Njr: informação completamente desnecessária - me interrompeu e eu acabei rindo - mas continua
Jade: e na hora é bom, mas depois eu fico na merda
Maria: você fica tentando suprir o vazio com prazeres momentâneos, filha
Njr: olha, disso eu entendo, pode ter certeza, e sua mãe tem razão… e isso é uma merda, quando você perceber vai estar nesse ciclo vicioso e sua vida completamente estagnada - suspirei
Jade: eu amo o Juan, muito, mas tava tudo tão igual, nossas discussões sempre as mesmas, isso tava me saturando demais
Maria: ainda sobre filhos?
Jade: sim, é algo que ele quer muito, mas sinceramente eu não quero ser mãe aos 26, ainda sou nova e isso atrapalharia muito minha carreira… eu só pedia pra ele esperar, mas ele passou dos 30 e acho que entrou em crise, vai saber
Maria: ai, amor, é uma decisão difícil mesmo, e fica difícil de ceder, cabe a você avaliar se realmente seria o fim do mundo pra você ou se valeria a pena deixar o Juan ir - também fez carinho no meu cabelo - eu não sou a melhor pessoa pra te aconselhar porque né? Em um dia queria ter só você e hoje tenho uma creche em casa - rimos - mas eu não me arrependo nem um pouco por isso
Njr: filho estressa, mas é bom - sorriu
Jade: eu vou ficar esses dias aqui e vou pensar, voltando pra Inglaterra, dependendo, eu procuro ele e a gente conversa
Maria: isso, sabe que pode ficar o tempo que quiser né? - assenti - seu irmão tem jogo amanhã e vai folgar no domingo, disse que vem pra cá, o que acha da gente fazer um churrasco aqui em casa? Vou chamar todo mundo, seus tios, as crianças, reunir nossa galera pra você se animar, que tal?
Njr: eu acho ótimo! - respondeu rapidamente
Maria: você sempre acha, Júnior, não conta - rimos - quero saber da Jade
Jade: eu também acho ótimo, mãe!

2 dias depois

Jade: sai de cima, Mateus - tentei, sem sucesso, empurrar meu irmão que havia acabado de chegar em casa e se jogou em cima de mim
Mateus: você é muito chata, branquela - revirou os olhos e rolou para o outro lado do sofá - sorte a sua é que eu te amo - sorriu com os dentes extremamente brancos e eu ri. Juro, eu fico olhando pra ele e não acredito no que meu irmão se tornou, tinha dificuldades de entender que ele não era mais uma criança. Na verdade, ela já até tinha uma. Que loucura!
Jade: insuportável, te amo - foi a minha vez de me jogar em cima dele e o abraçar - como você está?
Mateus: acho que eu que deveria te perguntar isso, não? - questionou meio incerto e eu acabei rindo - se até você e o Juan terminaram, minha vida amorosa já não tem mais jeito mesmo
Jade: você só tem 17 anos, garoto - bati nas costas dele e ele riu, em seguida voltei a rolar no sofá, deitando ao lado dele - eu ainda to meio estranha com isso - disse o que eu falava pra todos
Mateus: acho que vocês deveriam conversar, amor mó bonito, de anos… tem noção de que eu não lembro da minha vida nessa família sem o Juan? - me encarou com um sorrisinho e eu assenti. Não só ele, minhas irmãs também, o João. Todos!
Jade: é, eu sei, acho que por isso tem sido mais difícil mesmo - suspirei e ele assentiu - mas me fala de você, Teus - sorri e o observei - não tá aprontando muito não né? - ele jogou a cabeça pra trás dando risada - garoto, toma jeito, minha mãe tá te culpando pelos cabelos brancos dela - ele gargalhou
Mateus: eu to normal, Jade - riu - vivendo né?
Jade: espero que esteja usando camisinha - revirei os olhos
Mateus: se não tiver acho que minha mãe me capa - acabei rindo e bati nele. Esse garoto vivia brincando com tudo, por Deus
Jade: e a Isa? Sem chance?
Mateus: ah, difícil branquela - coçou a cabeça - eu gosto dela, mas não é nada que me deixe “porra, é ela”, sabe? - assenti - acho que é mais carinho, afinal ela me deu a coisa mais preciosa que eu tenho que é a Gigi, mas… e o fato dela estar enfiada aqui dentro de casa acaba me pressionando mais - suspirou - mas ao mesmo tempo eu não tenho como ser contra isso, sabe? Ela é a mãe da minha filha, tem uma família filha da puta, não posso tirar essa oportunidade dela, meus pais são incríveis - sorriu fraco
Jade: você tá no Rio, acho que isso diminui um pouco a pressão - ele assentiu - e a Isa merece, nesses dias aqui to conhecendo ela melhor e ela é um amor
Mateus: ela é - sorriu e no mesmo instante a Isabela desceu as escadas passando pela gente
Isabela: bom dia - cumprimentou nós dois com um sorriso e passou em direção à cozinha
Jade: safado!!! - dei uma sequência de tapas no Mateus
Mateus: que foi? - perguntou cínico
Jade: você secando as pernas e a bunda da menina - bati mais ainda porque ele riu
Mateus: você já viu a bunda dela depois da gravidez?
Jade: MATEUS - bati mais e minha mãe apareceu ali na sala
Mateus: MÃE, ELA NÃO PARA DE ME BATER!!!!!!!
Maria: não duvido que você mereça - se sentou no sofá e eu gargalhei enquanto olhava a cara de indignado do Mateus
Mateus: MÃE???!!! Que isso
Jade: nunca pensei que fosse ver a mamãe contra o Mateus - gargalhei - meus dias de glória finalmente chegaram
Mateus: ultimamente ela só me trata assim - resmungou
Maria: porque será? - cruzou os braços e eu ri
Jade: o bebê da mamãe descobrindo que cresceu… ai que dó - debochei e ele me beliscou - MÃE!!!!!
Maria: vocês são meus filhos mais velhos? certeza? - encarou a gente desacreditada e se levantou - tchau pra vocês - saiu dali deixando nós dois sozinhos
Mateus: será que meu pai não tá dando conta do recado? - me encarou rindo
Jade: AI MATEUS, QUE NOJO! - e eu lá quero saber da vida sexual da minha mãe, pelo amor de Deus
Mateus: qual foi? Não transa não? - riu e a Isabela apareceu ali novamente
Isabela: Teus, você pode ficar com a Gigi hoje a noite?
Mateus: hm, posso pô, por que?
Isabela: queria sair pra comemorar o aniversário de uma amiga do cursinho - sorriu fraco - mas preciso de alguém pra olhar a Gigi
Maria: eu posso ficar, Isa - voltou da cozinha e já veio se metendo na conversa
Isabela: não, tia! Você já faz muito pela gente, sempre fica com ela enquanto eu estudo a noite, mas hoje vai ter o seu churrasco aqui, ele tá em casa e a Gigi é obrigação minha e dele - sorriu fraco
Mateus: ela tem razão, mãe, claro que eu fico - deu um sorrisinho
Isabela: ótimo, bom que vocês passam mais tempo juntos - sorriu fraco - agora vou terminar de estudar, aproveitar que ela ainda tá dormindo - se despediu da gente e subiu para o segundo andar da casa
Jade: você tá com ciúme? - ri da cara do Mateus
Mateus: ciúme de que? - desconversou
Maria: ela me disse que tem um menino da sala dela super interessado nela - falou como quem não queria nada e meu irmão logo focou o olhar na nossa mãe - eu dei maior força, não é porque virou mãe que tá morta e o menino é lindo - sorriu
Mateus: mãe?
Maria: que foi? fiz algo de errado?
Jade: fica dormindo no ponto, seu mané - bati na cabeça dele - tomara que ela saia com tantos caras em número proporcional as mulheres que você dorme - ele arregalou os olhos
Mateus: porra, ai não - eu e minha mãe rimos
Maria: ué? Não é bom ser jovem e aproveitar bla bla bla? - imitou o que ele sempre falava e nós gargalhamos
Mateus: para, mãe, vem cá - puxou ela pra deitar ali com a gente - não fica me tratando assim, te amo - fez carinho no cabelo dela e deu vários beijos
Maria: só quero o melhor pra você - sorriu - te amo
Jade: ainn que bonitinhos - me joguei por cima deles - mas é incrível que esse garoto fala um “A” e você se desmonta, mãe - falei indignada
Maria: para de inventar história, Jade - riu e começamos a ouvir uma gritaria vinda de fora, era o Juninho com minhas irmãs e o João, sempre que podiam elas saíam atrás dele e, pelo que sempre vejo, aos domingos eles tinham o hábito de andar de bicicleta pelo condomínio. As meninas com as suas e o Juninho com o João
Allegra: para, gente, não teve isso de quem perdeu - ouvi a Lelê tentando apaziguar
Olivia: teve sim, a Lola tá falando que ela chegou primeiro, mas fui eu!
Pérola: para de mentir, Olivia! - rebateu
Njr: meu Deus, mas já estão brigando de novo? - perguntou sem paciência enquanto abria a porta - a Lelê tem razão, não era uma competição
Pérola: mas…
Njr: chega, Lola, você e a Livi tem que parar de brigar, estão me ouvindo?
Olivia: foi ela quem começou, pai - choramingou
Njr: não quero saber quem começou, mas se continuar assim na próxima só vou eu, a Lelê e o João - elas deviam estar brigando muito mesmo porque era difícil o Juninho falar sério com elas
Pérola: eu não tenho culpa se a Olivia não sabe perder - eles chegaram na sala e observamos a Lola cruzando os braços
Njr: Pérola, eu disse chega! - falou sério e ela arregalou os olhos - sobe logo pra tomar seu banho - continuou e me deu pena ao ver as lágrimas nos olhos dela, mas a bichinha era dura na queda e sustentou, saiu da sala sem falar nada e sem soltar as lágrimas
Mateus: clima familiar, não? - falou baixinho e minha mãe tapou a boca dele, eu só prendi o riso
Olivia: desculpa, papai, eu não quero deixar de ir nos passeios, é só que a Lola daquele jeito dela que… AAAHHHHHHHH! - eu, minha mãe e o Mateus tivemos que prender o riso porque a Livi, coitada, parecia esgotada - eu não queria te deixar triste - falou toda fofinha e o Juninho se desarmou
Njr: eu não to triste, meu amor, só não gosto de ver vocês brigando, ainda mais quando saímos para nos divertir - ela assentiu - e eu sei que a Lola é difícil, mas não pode dar corda, tá bom? - agachou ficando na altura dela e fez carinho nos cabelos
Olivia: tá - sorriu e deu um abraço nele - te amo - deu uns beijinhos no rosto dele e se afastou sorrindo, mas antes que o Juninho pudesse responder, nossa plateia no sofá foi notada
Allegra: TEEEEEEUS! Você chegou - veio correndo até o irmão e se jogou nos braços dele - tava com saudade - sorriu. A Lelê é um doce, impossível você não ser MUITO apaixonado por ela, impossível
Mateus: oi, Lê - apertou ela - como você tá linda - ela sorriu - passeio foi bom? - riu
Allegra: ai Teus, a Lola e a Livi quase saíram no tapa, eu e o papai sofremos - desabafou e a gente riu
Maria: você é uma santa, minha filha - minha mãe riu fraco e acariciou os cabelos dela
Allegra: mãe, eu lavo o cabelo? - perguntou do nada e eu ri, ai época maravilhosa essa de querer saber até se lava o cabelo ou não - porque eu tava querendo fazer aquela trancinha
Maria: então melhor lavar, Lê… usa aquele creme novo que a mamãe te deu, sabe? - ela assentiu - ai depois eu finalizo e faço as tranças - a Lê durante boa parte da infância ficava se comparando comigo, com nossa mãe ou nossas irmãs por causa do cabelo, por ser o único que não era liso, apesar de que, na minha opinião, o dela era o mais lindo de todos. Enfim, mesmo assim, ela sempre reclamava disso, e minha mãe sempre fez questão de mostrar pra ela o quanto o dela era perfeito e tinha aprendido inúmeras coisas sobre cabelos cacheados para a Lelê. Eu falo, minha mãe é muito foda, eu não sei como, mas ela consegue ter uma relação de intimidade com todos nós, sempre sabe o que estamos precisando, o que dizer. Era o pilar da nossa casa, com certeza! E é por isso que eu corri pra cá também, porque um colo nunca é demais né?

Mateus narrando

Chegar em casa era sempre muito bom. No Rio eu tinha todo o conforto do mundo, minha avó fazia de tudo pra mim, mas estar com os meus não tinha preço. Ver as brigas das meninas, ver minha mãe discutindo com elas e dois segundos depois observar ela enchendo elas de amor. Ver o meu pai doido tentando apaziguar tudo ou simplesmente jogar um CS com ele. Dessa vez até a Jade estava aqui, o que melhorava e muito, a gente sempre se entendeu muito bem. E agora estar em São Paulo também significava estar com a Gigi. A Giovanna foi algo totalmente inesperado na minha vida. Não que eu não tenha feito por onde, sei que fiz, mas ser pai na adolescência é algo que você nunca espera que aconteça com você, ainda mais aqui em casa que eu já tinha escutado inúmeros sermões, primeiro da minha mãe, ela engravidou aos 14 e morria de medo de algum filho repetir isso. Tá certa, 14 anos ainda é criança. Meu pai já foi um certo tempo depois que foi pai do Davi, mas mesmo assim era novo. Porém, parece que quando a gente pega o filho da gente nos braços, tudo isso desaparece, mesmo que eu não possa estar com a minha filha tanto quanto eu gostaria. Depois de toda aquela confusão lá na sala, a Gigi acabou acordando e como eu queria passar tempo com ela, e a Isa estava estudando, trouxe ela pro meu quarto

Pérola: Teus - colocou a cabeça pra dentro do quarto - eu posso ficar aqui com vocês? - perguntou baixinho, o que não era muito típico da Lola, com certeza ela ainda estava chateada pelo episódio da sala
Mateus: claro que pode, minha branquelinha - eu tinha essa mania de apelidar as meninas, de início era por pura implicância mesmo, mas acabou ficando como uma forma carinhosa de chamar elas. A Jade era a branquela, a Lola a branquelinha, por conta da diferença de idade. Já a Lelê e a Livi se dividiam entre preta ou pretinha - mas você sabe que nem falou comigo hoje né?
Pérola: desculpa, Teus, eu nem te vi lá na sala - comentou cabisbaixa e eu puxei ela pra um abraço apertado, fazendo com que ela deitasse por cima de mim, já que a Gigi estava ao meu lado na cama
Mateus: o que houve, ein? - acariciei seus cabelos
Pérola: nada - falou baixinho, mas não demorou muito pra que eu sentisse umas lágrimas molhando o meu peito
Mateus: fala pra mim, branquelinha - acariciei os cabelos dela novamente
Pérola: você também me acha difícil? - ergueu o olhar e me deparei com seus olhos vermelhos, mas ela era tão branca que o nariz também estava dessa cor - eu ouvi o papai falando lá na sala e agora fui no quarto deles me desculpar e a mamãe tava falando também - deixou escapulir algumas lágrimas e meu coração apertou
Mateus: cada um nasce de um jeito, Lola! Não acho que você seja difícil de lidar, só está em uma idade em que fica mais complicado lidar com as emoções - acariciei os cabelos dela - e em toda casa é assim, olha quanto nós somos, imagina se todo mundo tivesse a paciência da Lelê? Essa casa ia virar um santuário - ela acabou rindo - ou se fosse todo mundo igual a mamãe, imagina? Ninguém ia parar quieto. Você é assim e acabou, só tem que aprender a lidar com suas emoções e também respeitar os outros
Pérola: então ser como eu sou não é ruim?
Mateus: como poderia ser ruim se todo mundo aqui te ama muito? - ela sorriu fraco - mas você sabe que em determinadas situações tem que maneirar pra não acabar gerando confusão em casa
Pérola: eu sei, hoje eu errei com a Livi, apesar dela ter perdido - acabei rindo fraco
Mateus: mas ela ainda é mais novinha, então você sabe que tem que aliviar né? - ela assentiu - só não quero te ver chorando, tá bom?
Pérola: obrigada, Teus - sorriu e eu enchi ela de beijos até ouvirmos o chorinho da Gigi - acho que ela ficou com ciúmes - riu fraco e se deitou ao lado da minha filha - não chora, Gigi! Eu sou a sua tia mais legal - dei risada
Mateus: fala pra ela que ela tem mil titios e titias - ri - e que tem o pai mais gato do mundo!
Pérola: é verdade, Gi, ele é muito lindo e tem um montãaaao de garota atrás dele, acredita que na escola as meninas do ensino médio ficam puxando meu saco por causa dele? A sua tia Lelê é boazinha e fica sendo simpática, eu não tenho paciência - bufou e eu prendi o riso - esses dias uma delas me chamou de metidinha filha de jogador e eu dei um chute na canela dela
Mateus: LOLA! - não consegui conter a gargalhada - não acredito nisso, tudo isso é ciúmes de mim?
Pérola: não, mas ela era feia demais pra você e eu ainda disse que você namorava com a Isa!
Mateus: você o que? - perguntei perplexo - eu não namoro com ela!
Pérola: mas deveria - me encarou rindo - ela é muito legal, vê filmes com a gente, te deu a Gigi, é uma boa mãe e é muito muito linda - foi dando os argumentos dela - ah! E o brigadeiro dela é o melhor do mundo
Mateus: são pontos relevantes - entrei na dela e ri
Pérola: é sério Teus, e ela é muito mais legal que aquela Gabi que você namorou - resmungou e eu ri fraco. O fã clube da Isa era forte!
Maria: Mateus? - ouvi as batidas da minha mãe na porta e assim que liberei ela entrou - ahhh, você tá aqui, Lola - sorriu - estava querendo saber de você, filha, não tinha te achado pela casa
Mateus: ela tá aqui com o irmão mais lindo que ela tem - a Lola deu uma risadinha
Maria: e tá tudo bem? - encarou a Lola atentamente
Pérola: sim - sorriu e se levantou - obrigada, Teus - jogou um beijo pra mim e deu um beijo na nossa mãe ao sair do quarto
Mateus: ela veio pra cá toda chorosa querendo saber se eu também achava ela difícil - minha mãe me encarou preocupada - mas nós conversamos e agora está tudo bem
Maria: obrigada - sorriu e ficou me encarando da porta com a Gigi
Mateus: que foi? - ri
Maria: ainda não acredito que tu fez um filho, seu moleque - esbravejou e eu ri - mas ela é tão linda, se eu to em casa, to babando nela - riu
Mateus: dizem que ser avó é melhor que ser mãe né? - ri fraco e ela assentiu
Maria: o pessoal já já vai chegar - assenti - ah! E a fralda da Gigi tá suja, senti daqui - fez uma cara estranha e eu olhei pra minha filha enquanto minha mãe saía dali
Mateus: tinha que cagar agora, filha? - fiz careta e ela me encarou atenta, em seguida peguei ela no colo e levei até o quartinho dela - não vai ser tão difícil né? Eu já fiz isso antes, eu consigo! - ela me encarava atenta - que tipo de pai eu sou se não souber trocar uma fralda, não é? - ela abriu um sorriso banguela - tá rindo, sua safada? - acariciei a barriguinha dela e ela fez o mesmo novamente. Deixei as distrações de lado e peguei uma fralda nova, o pacotinho de lenço umedecido e a pomada que eu sei que a Isa usava, abrindo a fralda em seguida - meu Deus, filha! O que que tem nesse leite da sua mãe? Você tá podre, Giovanna! - perguntei ao sentir o fedor e ouvi uma gargalhada atrás de mim, era a Isa
Isabela: você é muito idiota, Mateus - deu risada e veio até nós. Terminei minha missão concentrado enquanto ela me observava atentamente
Mateus: aprovado? - ri
Isabela: pode melhorar, tá dando pro gasto - me encarou risonha e eu empurrei ela de lado
Mateus: vai, Isa, admite - dei risada
Isabela: quando parar de reclamar vai estar aprovado - deu risada - vê se pode né, filha? Falando mal do leite da mamãe - pegou nossa filha no colo e ela choramingou - esse seu pai é muito abusado - me encarou rindo
Mateus: cheia de graça, né Isabela?
Isabela: to nada - riu - agora a gente vai se trocar para o churrasco, manda beijo pro seu pai, filha - pegou na mãozinha dela e simulou um beijo. Dei um sorriso e acompanhei as duas até o quarto da Isa

@mateusgarza11 SP com os melhores ✊🏿❤️‍🔥

@lolagarza LINNNNNDOOOOOOOOO
@lolagarza te amo lindo lindo 😍😍😍😍
. @mateusgarza11 te amo minha branquelinha linda 😍😍
@jadegarza que susto
@userfem pqp meu sonho de consumo!!
. @userfem2 nem fala hahaaha viro maria mucilon na hora
@gabigol avisa pô
@mariagarza meu lindo ❤️

Jade narrando

Definitivamente eu estava com saudade do Brasil, da família e dos amigos. A cada segundo parecia que a casa ia enchendo mais e aparentemente todo mundo estava instruído para não me perguntar sobre o fim do meu relacionamento. Não duvido que a minha mãe tenha ameaçado todos eles porque ela é capaz de fazer isso, com certeza. Como era costume, estava todo mundo dividido. Próximo a churrasqueira ficavam os homens, perto da piscina ou dentro dela eram as crianças, sempre com a supervisão do Gu e da Lelê, além de algum adulto, e não muito longe dali ficavam as mulheres

@jadegarza tudo que eu precisava ❤️

@usermasc pra ficar melhor ainda só falta eu 🫶
@ramonbecker linda 😍
@neymarjr te amo ❤️❤️
@userfem pqp minha autoestima vai la no chão!
@mariagarza perfeita demais! Te amo ❤️

Njr: quer um pouquinho, meu amor? - senti o Juninho passando as mãos pelos meus ombros e esticando um prato de carne na minha frente - tá muito magrinha - falou atencioso e eu sorri com sua preocupação
Jade: eu to comendo - ri e peguei mais umas duas carnes ali - obrigada - sorri e ele beijou minha testa
Njr: amo quando você tá aqui com a gente - sorrimos
Maria: que tanta fofoca é essa de vocês dois? - se aproximou da gente e roubou umas carnes
Jade: tá com ciúmes? - impliquei
Maria: não, me garanto - falou séria e a gente riu
Njr: to falando pra Jadoca o quanto amo quando ela está aqui - me soltou e abraçou minha mãe de lado
Maria: com certeza - sorriu - melhor coisa é ter todos vocês aqui com a gente, pena que crescem - fez um biquinho fofo e eu sorri
Jade: pra mim também está sendo ótimo estar aqui com vocês - sorri - tava precisando ser mimada e amada - ri (…) - pra onde vocês querem me arrastar? - dei risada ao ver o Bê e o Fran tentando me convencer a ir em uma balada com eles mais tarde. Sim, gente, aquelas crianças já não existem mais
Matheus: só porque eu não posso, vacilo isso ai - resmungou pela milésima vez
Bernardo: tu tem filho, Fran? - o Fran negou - eu também não, que se foda você, MT - a cópia ambulante do Guilherme falou e eu e o Fran rimos, já meu irmão jogou uma almofada nele com a mão livre
Fran: é o vale night da Isa, né moleque? - falou gastando e até eu ri. A Isa saiu toda arrumada faz 1 hora e o que meu irmão foi zoado… já rimos muito
Mateus: não sei porque eu ainda considero vocês meu amigos - reclamou fazendo drama
Jade: ai tadinho… ele está sendo pai - debochei dele e me sentei ao seu lado pegando a Gigi no meu colo - seus tios querem arrastar sua tia pra balada, pode isso, amor? - ela me encarou curiosa e riu
Mateus: não pode, vai ficar em casa com o irmão dela e a sobrinha… ver um filme - me abraçou de lado
Allegra: a gente vai ver um filme hoje? - chegou toda animada e se sentou no colo do Teus - vamos, por favor! - perguntou toda lindinha
Pérola: EU TAMBÉM QUERO! Vamos, Teus, eu quero ver filme com você - veio toda fofa, o que nem era tão comum dela (a não ser com o Teus) e se sentou na outra perna dele - JÁ SEI! Noite de irmãos, eu quero!
Allegra: EU TAMBÉM!!!! Vamos, Jade, por favor - me olhou com os olhos brilhando e sinceramente… balada?
Jade: vamos! - sorri e ouvi um “ahhhh” dos meninos
Mateus: perderam, tá vendo? - deu risada
Olivia: o que vocês estão fazendo? - apareceu de mãos dadas com o João ali
Perola: mana, vamos ver filme todos juntos? - sorriu animada
Olivia: a gente pode ver aquele daquela princesa nova que saiu!!!! - falou toda animada e eu dei risada da cara do Mateus
Perola: não sei se o Teus gosta - comentou incerta
Olivia: ele gosta sim, né Teus?
Mateus: sim, minha pretinha - sorriu e a Olivia se acomodou ali com a gente acompanhada do João - cansou, moleque? - o João estava super sonolento
Olivia: ele quase caiu na piscina duas vezes e a mamãe brigou com ele - explicou - ai eu trouxe ele pra cá
Allegra: poxa… só tá faltando o Davi aqui! - falou cabisbaixa
Pérola: vamos ligar pra ele?
Allegra: VAMOS!
Jade: gente, em Barcelona já é quase meia noite!
Olivia: ele sempre atende a gente, mana! - não me surpreende, afinal o Juninho, o Mateus e o Davi lambem o chão que as três passam. Não que eu não seja uma boa irmã ou mime elas, mas eles se passam 😂
Pérola: DAVIIIIIIIII!!!!! - nosso irmão atendeu um pouco sonolento, mas atendeu - olha, mano, tá todo mundo aqui, só falta você - sorriu pra ele
Olivia: poxa, Davi, porque você não veio?
Davi: eu to trabalhando, Livi - sorriu - saudade de vocês, meus amores, cade a Lelê? - o Davi era veterinário, dono de uma clínica em Barcelona. Era o único que até o momento tinha uma “vida normal” nessa família
Allegra: AQUI!!!!! - deu risada e apareceu na tela
João: DAVI!!!! - puxou o celular da mão das nossas irmãs - PAPAI, OLHA!!!!!! - Viu o Juninho e quase jogou o celular da Pérola no chão
Pérola: meu celular, João - puxou irritada da mão dele - olha, pai! - o Juninho se aproximou
Njr: FILHO!!!!! - falou animado demonstrando o álcool - elas te acordaram de novo? - deu risada e não sei em qual espaço, mas sentou ali
Davi: o que você acha? - deu risada
Njr: só tá faltando você aqui, filho - falou todo bonitinho
Maria: AHHH, AQUI ESTÃO VOCÊS! - foi outra que chegou toda animada na sala - ESTAVA SENTINDO FALTA DA MINHA GANGUE! - fez a gente dar risada e deu um jeito de se enfiar no meio da gente - ahh Davi, só está faltando você aqui, meu amor - falou tristinha ao ver o loirinho - EU AMO tanto, tanto, vocês - deu um jeito de abraçar todos nós e ali eu me dei conta que estavam presentes todas as pessoas que eu mais amava no mundo, exceto uma… que estava em Londres!


Oieeeee!!
Uma forma de acalentar o coração depois dessa derrota... eu JURAVA que o hexa vinha... me recuso! O homem merecia, to chateada :(((

Porém...
Eu sei, eu sei… sumida! Mas tudo por uma boa causa gnt, to tentando ser alguém na vida KKKKKK
enfim… enquanto a vitória não chega, eu levo 3 meses escrevendo um capítulo, mas juro que é feito com muito amor ❤️
Espero que gostem e aproveitem… está acabando!

O Mateus e a Jadoca super adultos? Cada um com seus dramas…. Sofroooo, eu vi essas crianças crescendo 😭😭

Pra quem ficou curiosa sobre o climão entre a Jade e o Juan… ta ai a resposta hehehe

PFVR COMENTEM é minha motivação pra escrever (mesmo que de vez em nunca kkk)

O PROXIMO JA ESTA QSE PRONTO… spoiler: Allegra do futuro!!!
Comentem que prometo voltar rapidooo


Bjbj,
Babi

17 comentários:

  1. Sou completamente apaixonada nessa história, torço pra que ela nunca tenha fim kkkkkkk. Continuaaaa!

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  2. Os refrescos !!!! Que saudade dessa família 😍💜🥹

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  3. Uma notícias boa nesse dia triste né!
    Obrigadaa por proporcionar isso
    Você é demaissssss
    Continua logo que já estou com saudades

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  4. caraca que saudades que eu tava, tive até que reler o último pra lembrar

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  5. pensando em reler essa história toda, ela é perfeita

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  6. Continua logooo, pelo amor não separa a Jade do Juan 😢 e eu já quero o Mateus gostando da Isa

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  7. Sou muito cadelinha dessa história, não dá cara 😩
    Babi quero mais histórias, desejo de grávida 🥺

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  8. Aii é bom matar saudade dessa história que eu amei tanto ler.

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  9. Ai gentee! COMO ELES ESTÃO GRANDESSSSSS!!!! Não aguento! Acabei de reler a fic inteira pela 4ª vezzz!!! AMO MUITOOOOOO

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  10. Eu não estou chorando você que tá. Caramba acompanho eles bebê e olha agora um tem até filho mds eu sou apegada demais nessa história. Simplesmente apaixonada

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  11. aaaaaaaaaaa continua logo

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  12. Estava relendo essa fic pela milésima vez, incrível como você escreve bem e a história vai se encaixando perfeitamente.

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  13. Triste por estar chegando ao fim

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  14. https://poramornjr.blogspot.com/?m=1

    Gente da uma lida na minha fic por favor

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Depois do Fim - Parte 4

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