quinta-feira, 14 de maio de 2020

apresentação: maria fernanda

      Meu nome é Maria Fernanda Ruiz Garza, tenho 28 anos e nasci em Santos, onde vivi até metade da minha adolescência, porém as escolhas erradas da minha vida fizeram com que eu engravidasse aos quatorze anos de idade. 
    Com quinze anos recém completos, no dia 24 de janeiro de 2007, nasceu a minha filha, Jade Ruiz Garza Becker. A escolha do nome teve tudo a ver com a minha gravidez, depois de todas as escolhas forçadas que tive que fazer comecei a me sentir deprimida, sozinha e uma vez na recepção da minha obstetra, enquanto esperava pela consulta, li na revista Capricho que esse nome significava “pedra preciosa, pedra com poder de curar”. Então a partir desse momento comecei a ver na minha filha uma esperança de me reestruturar e mesmo com tão pouca idade, no auge da minha maturidade forçada, tentava enxergar que nem tudo estava perdido pra mim. Foi assim que o meu bebê, como eu a chamava, virou Jade. 
    Quando nos mudamos para a Espanha eu tentei de todas as formas manter meu relacionamento com o Ramon, tudo pela nossa filha, ele se esforçou bastante, era um excelente pai, um bom companheiro também, muito diferente daquilo que apresentava no Brasil, mas eu não conseguia nutrir nenhum sentimento amoroso por ele. Absolutamente nada. Posso até dizer que ele me amou em alguns momentos. Mas eu, nada. As vezes eu sinto como se eu tivesse saído de Santos como uma pessoa oca por dentro, a única pessoa capaz de despertar sentimentos e emoções em mim é a minha filha. 
    Meu relacionamento com o Ramon durou até os meus 19 anos, mas realmente não dava mais, decidimos, por nós e por nossa filha, seguirmos rumos separados. Mas ele continuou na frente da empresa em Barcelona, ele era um gestor excelente. Além de um pai amoroso e presente. Pra mim isso já era mais do que suficiente. Ignoramos todas as pressões do meu pai e nos separamos. 
    Já eu estava disposta a finalmente começar a olhar pra mim, nessa época a Jade já estava com 04 anos, menos dependente de mim e eu comecei a cuidar dos meus sonhos. A vontade de ser médica já não existia, apesar de gostar de contato com as pessoas, e em Barcelona eu descobri minha paixão pela moda. Aos 22 anos me tornei uma designer de moda formada pelo Istituto Europeo di Design, um dos mais renomados do mundo na área. 
    Continuei morando em Barcelona por mais dois anos e em 2015 me mudei para Paris quando fui contratada como estilista da Balmain, onde trabalho até hoje. Graças a Deus sou internacionalmente reconhecida pelo trabalho de excelência que faço como gestora de moda da grife francesa. 
    Outra coisa que deixei pra trás quando sai do Brasil foi meu apelido, aqui na Europa a Fefa nunca existiu, nem a Fernanda. Aqui eu sempre fui a Maria, Maria Garza. Acho que o ultimo traço da Fefa que existiu em mim foi naquela noite no canal 03. 
    A Fefa era emoção, zero razão e paixão a flor da pele. A Maria é centrada, racional e cem porcento focada em sua filha e no trabalho, e todo o resto em segundo plano. 
    A vida fez com que eu aprendesse muito, caísse, me reerguesse e me transformasse na mulher bem sucedida que sou hoje. Não só a vida, como também minha filha. E essa é a minha história.


instagram: @mariagarza
Maria Garza 
brazilian fashion designer
📍 Paris, France 
www.balmain.com

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e ai, gostaram da Fefa? ahahahah melhor, da Maria?
me digam o que acharam dela nos comentários
eu to ansiosaaaAAAA 

4 comentários: